Introdução
No projeto atual do prédio do Sirius, a passagem de pedestres por sobre a área do hall experimental e da blindagem dos aceleradores é feita através de sete passarelas a serem construídas em estrutura de aço com piso revestido com massa asfáltica. No atual projeto as passarelas são apoiadas apenas em suas extremidades, nas estruturas do que é chamada edificação principal. Este apoio é feito através de aparelhos que compensam as variações dimensionais da estrutura e amortecem parcialmente as suas vibrações. O vão livre a ser vencido é da ordem de 32m.
A principal preocupação nestas passarelas é garantir que, durante a circulação das pessoas, não sejam induzidas no piso do hall experimental, vibrações com amplitudes significativas. Apesar dessa ser uma solução clássica, empregada em outros aceleradores similares, alguns estudos demonstram que mesmo não tocando o piso principal, a passarela pode induzir vibrações significativas em algumas linhas de luz. Para vencer um vão livre desta montagem, a estrutura da passarela acaba ficando muito pesada, com ressonâncias em baixas frequências e grandes amplitudes.
Passarelas para pedestres são normalmente construídas em metal, concreto ou madeira, mas tem crescido o número de passarelas construídas em material compósito e uma das construções mais recentes na Espanha já é capaz de vencer um vão livre de 44 metros. A grande vantagem é o peso final, que pode ser menos da metade que uma passarela equivalente em aço. Isso eleva as frequências de ressonância e diminui a amplitude de vibração.