Esta capacidade é uma das conquistas mais importantes da humanidade nos últimos anos e abriu as portas para possibilidades quase ilimitadas na busca de soluções tecnológicas para os problemas mais importantes do nosso planeta e para o desenvolvimento sustentável das sociedades. De fato, na miríade de comportamentos que as interações enátomos e moléculas nos oferecem, podem-se encontrar soluções para algumas das questões centrais que procuramos resolver, tais como a busca de novas fontes de energia renováveis, a produção de materiais menos agressivos ao meio ambiente, e o desenvolvimento contínuo de computadores mais velozes e mais poderosos.
Na virada do século, percebendo a nanotecnologia como uma área estratégica, diversos países criaram iniciativas nacionais para fomentar esta área. O Brasil se juntou desde cedo a este esforço colaborativo, de viés verdadeiramente mundial, e também desenvolveu um conjunto de ações para impulsionar a nanociência e a nanotecnologia.
Hoje, o CNPEM desempenha um papel de destaque na pesquisa e desenvolvimento da nanotecnologia no Brasil e na América Latina. Com suas instalações abertas aos usuários externos, provemos o acesso a uma infra-estrutura de pesquisa diferenciada a todos que tenham uma boa ideia para explorar a matéria na escala nano, mas que muitas vezes não dispõem dos meios para executá- la em suas instituições.
De forma muito semelhante ao que ocorreu no passado recente com a nanotecnologia, diversos países do mundo estão desenvolvendo suas “iniciativas quânticas”, ou seja, programas integrados de P&D para dar um salto qualitativo na área de Tecnologias Quânticas, um dos temas estratatégicos de pesquisa no CNPEM. E em diversas vertentes das Tecnologias Quânticas, avanços na nanotecnologia se tornam cada vez mais necessários, pois permitem um controle cada vez mais fino da matéria. Em muitos casos, necessitamos controlar a matéria não na escala atômica, mas na escala dos elétrons individuais, através de seus atributos (como carga e spin), onde os efeitos quânticos são dominantes. A integração de pesquisadores, engenheiros e técnicos com vasta experiência e recursos disponíveis para manipulação e compreensão da matéria, e suas interações nas menores escalas está presente no CNPEM e faz-se essencial para colocar o Brasil neste novo cenário científicos e tecnológicos.
LNNANO EM NOVA FASE
Entrando em uma nova fase, o Laboratório Nacional de Nanotecnologia, o LNNano passou para uma nova direção em 2021, e reorganizou sua estrutura funcional em 3 Divisões (Nanomateriais, Dispositivos e Nanobiotecnologia), cada qual com o seu conjunto de Laboratórios. Com os recursos previstos do FNDCT para o ano de 2022, será possível realizar investimentos significativos, sólidos e sustentáveis na ampliação da capacidade de contribuir para os diversos programas de P&D do CNPEM.